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O empresário Carlos Augusto de Moraes Afonso, também conhecido como Luciano Ayan e que tem ligação com o MBL, preso nesta sexta-feira (10) por suspeita de lavagem de dinheiro, também é o responsável por espalhar uma fake news onde acusava a vereadora Marielle Franco de ter sido casada com o traficante Marcinho VP e ter relação com a facção criminosa Comando Vermelho.
Na época da fake news criada por Ayan, o MBL replicou a matéria falsa sobre Marielle escrita pelo site Ceticismo Político, criada pelo empresário em 2017.
A desembargadora Marília de Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio, foi uma das pessoas a compartilhar a matéria, porém, mais tarde admitiu ter se precipitado. O site Ceticismo Político, de Ayan, tomou posse dos tuítes e das declarações feitas pela desembargadora e publicaram uma reportagem falsa com o título “Desembargadora quebra narrativa do PSOL e diz que Marielle se envolvia com bandidos e é ‘cadáver comum’”.
No final de 2019, Ayan disse, em entrevista ao DCM, que estava desenvolvendo um estudo chamado de “Redes Antissociais”, onde, ele apontava supostos robôs, fakes e perfis para fazer ataques coordenados contra opositores do presidente Jair Bolsonaro, em um suposto “Gabinete do Ódio”. Na mesma entrevista, ele afirmou que suas “pesquisas” estavam servindo de base para a defesa de algumas pessoas na CPMI das Fake News.
Mesmo sem confirmar que teve contato com Joice Hasselmann e Alexandre Frota, os parlamentares utilizaram o material produzido por Ayan com base nos power points que utilizaram durante a CPMI.
Após a série de acusações contra o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, no final de junho de 2020, Frota foi condenado a pagar o bancário Gerson Florindo de Souza, ex-presidente do PT de Ubatuba, por propagar fake news.
Entre os meses de fevereiro a junho de 2020, Joice, foi denunciada diversas vezes por ter “gabinete do ódio” com seus funcionários, onde comandava e coordenava ataques contra adversários políticos.