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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (27) que a Corte evitou um “genocídio” ao derrubar algumas medidas do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia de coronavírus. As declarações foram dadas durante seminário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
No seminário, Barroso citou algumas das matérias discutidas pelo STF, destacando a que impediu a veiculação de uma campanha do governo intitulada “O Brasil Não Pode Parar”, que convocaria pessoas a voltarem às ruas para trabalhar.
“Num momento em que se recomendava o isolamento social, a política pública de convocação das pessoas ao trabalho e às ruas poderia produzir um genocídio, sobretudo nas comunidades pobres. E portanto, em nome do direito à vida, e do direto à saúde, o Supremo impediu a difusão dessa campanha”, disse Barroso.
Ele é o segundo ministro do STF que de alguma forma associa “genocídio” com o governo federal: o primeiro deles foi Gilmar Mendes, que associou o crime ao Exército Brasileiro.