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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta segunda-feira (10), em entrevista ao Estadão, um “limite” das atividades dos militares da ativa no governo federal.
De acordo com Maia, é preciso separar “Estado e Forças Armadas”: “É importante que fique claro que há um muro. Não é algo contra os militares que estão no governo Bolsonaro, mas esse debate vai acontecer, no mínimo, para o próximo governo, para que fique clara essa separação”.
“Quem vem para o governo vai precisar não ter vínculo com o Estado. Quando um militar da ativa entra no governo ele traz parte do Estado e, muitas vezes, pode misturar as coisas. E é importante que a gente consiga organizar isso”, continuou o presidente da Câmara.
Ele ainda afirmou que a escolha do general Eduardo Pazuello, como ministro interino da Saúde, não foi uma boa escolha do presidente Jair Bolsonaro:
“Não podemos culpá-lo também pelas 100 mil mortes. É claro que há falta de articulação com os governadores e conflitos por causa de posicionamentos equivocados. Isso pode ter prejudicado, certamente, mas transferir 100% dessa responsabilidade para o ministro está errado”.