Política

MP faz operação contra Aécio por lavagem de dinheiro e corrupção envolvendo obras da Cidade Administrativa

O Ministério Público de Minas Gerais deflagrou na manhã desta quarta-feira, 23, uma operação para instruir investigações sobre supostos crimes de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro cometidos na execução das obras da Cidade Administrativa, complexo situado na região metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo a Promotoria, a ofensiva é um desdobramento das apurações que culminaram no indiciamento do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e de outras 11 pessoas em razão de esquema de superfaturamento na construção da sede do Executivo mineiro.

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Mais de 60 agentes cumprem 12 mandados de busca, sendo que entre os alvos da ofensiva estão três endereços residenciais e nove empresas. As atividades contam com o apoio dos Ministério Públicos do Rio e de São Paulo.

Segundo a Promotoria mineira, as empresas investigadas teriam sido utilizadas não só para fornecer recursos destinados ao pagamento de propina a agentes políticos e públicos, mas também para atuar na lavagem de dinheiro.

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Já os alvos dos outros três mandados de busca estão casas de investigados que operaram os recursos obtidos de forma ilícita, de modo a atuar na distribuição da propina e na lavagem de ativos ilícitos, diz o MP de Minas.

Os promotores apontaram ainda que as ordens cumpridas nesta manhã foram expedidas com fundamento em fatos criminosos apontados em acordos de colaboração premiada firmados pelo MPMG.

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As investigações que servem como base para a operação do MP-MG desta terça, 22, foram concluídas em maio, quando o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e outras onze pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal pelos crimes de corrupção passiva e ativa, desvio de recursos públicos e falsidade ideológica em razão de esquema de superfaturamento na construção da Cidade Administrativa de Minas Gerais.

Tais apurações se debruçaram sobre fatos relatados por diretores e executivos do Grupo Odebrecht que firmaram delação premiada com o Supremo Tribunal Federal. Segundo a Polícia Federal, o processo de licitação das obras foi dirigido por meio de cláusulas restritivas, permitindo à empreiteira vencer o pregão.

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O esquema teria ocorrido entre 2007 e 2010, período que o tucano era governador de Minas Gerais. Os investigadores também apontaram indícios de desvio de R$ 232 milhões em recQursos públicos por meio de contratações fictícias, cujos serviços não foram prestado. Somado à fraude na licitação, o prejuízo aos cofres do governo mineiro chegam a R$ 747 milhões em valores atualizados.

COM A PALAVRA, O DEPUTADO FEDERAL AÉCIO NEVES

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À época do indiciamento, o deputado federal Aécio Neves afirmou à reportagem em nota:

“A conclusão da autoridade policial é absurda e contraria as investigações da própria PF que, depois de mais de três anos de investigações, não encontrou nada que comprometesse a atuação do Deputado Aécio Neves. A obra foi acompanhada por auditoria independente e seu edital apresentado ao TCE e ao Ministério Público que não apontaram qualquer irregularidade. Sequer os aditivos de preço autorizados por lei foram praticados à época. A defesa confia que a Justiça comprovará o absurdo da acusação”.

*Estadão Conteúdo

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