Política

Frente parlamentar quer votação imediata de projeto que regulamenta teto salarial do funcionalismo

O coordenador da Frente Parlamentar Mista da Reforma Administrativa, deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), disse que vai solicitar ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a votação imediata do projeto que regulamenta o teto salarial dos servidores públicos (PL 6726/16, do Senado).

A declaração foi feita nesta quarta-feira (25) em reunião promovida pelo colegiado para discutir os supersalários no funcionalismo.

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Segundo Mitraud, estudo realizado pelo Novo concluiu que 71% da folha de salários da magistratura estão acima do teto. No âmbito estadual, afirmou ele, o salário médio da categoria seria pouco superior a R$ 48 mil, quando o teto é de R$ 35.462,00. No âmbito federal, o teto é de R$ 39.293, que é o salário bruto de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Tiago Mitraud: “penduricalhos” são prática corriqueira nos salários da magistratura

“O que se vê é que esses ‘penduricalhos’ não são exceção. Eles são a prática corriqueira do pagamento de salários à magistratura estadual. Na esfera federal, não é diferente”, declarou o deputado.

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O secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhart, afirmou que a economia estimada com a redução efetiva dos supersalários (de todas as categorias do funcionalismo) ao teto constitucional será de R$ 2,6 bilhões por ano. O número foi calculado pela organização Centro de Liderança Pública.

Transparência

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Relator da proposta que busca regulamentar quais partes do salário do servidor público podem ficar de fora do teto remuneratório, o deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR) lembrou que teve muita dificuldade para receber dados de alguns setores do funcionalismo.

“O mais triste é que [a regra do teto] está na Constituição, e quem a burla, em sua grande parcela, são aqueles que deveriam fazer valer a lei: a magistratura, o Ministério Público.”

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Wagner Lenhart destacou que é necessário ter mais transparência das informações. Ele ressaltou que já passou por uma situação na qual foi difícil identificar quais parcelas estavam fora do teto porque a estrutura da remuneração não era clara.

“A estrutura remuneratória é tão complexa que poucas pessoas dentro da administração entendem e sabem como as pessoas progridem, por que recebem alguma gratificação”, comentou o secretário. “Esse é o tipo de coisa que a gente precisa superar.”

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Todos os debatedores salientaram que é importante manter a atratividade do serviço público, mas Lenhart lembrou estudo do Banco Mundial que mostrava diferenças de até o dobro dos salários de servidores federais em relação aos colegas de iniciativa privada. Já no âmbito municipal, os salários não teriam diferenças significativas.

Indenizações e gratificações
O professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas Carlos Ari Sundfeld explicou que não existe direito adquirido sobre indenizações e gratificações. Ele sugeriu que os deputados aprovem uma regra simples que estipule um valor máximo para as parcelas que podem ser excluídas do teto.

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Quando da aprovação pelo Senado, em 2017, do projeto de lei que regulamenta o tema, algumas associações emitiram notas contrárias ao texto, entre elas a Associação dos Magistrados Brasileiros. Conforme o documento da AMB, a Constituição é clara ao dizer que não serão submetidas ao teto remuneratório parcelas de caráter indenizatório.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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