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A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito aberto na esteira da Operação Lava Jato para apurar os relatos de propinas dadas ao ex-ministro Gilberto Kassab (PSD), revelados por executivos do Grupo J&F em delações premiadas firmadas com a força-tarefa.
Além de Kassab, o irmão dele, Renato Kassab, e o ex-tesoureiro do PSD nacional, Flavio Castelli Chuery, foram indiciados por corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral (“caixa dois”), lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O relatório da PF com a conclusão das investigações foi entregue à 1ª Zona Eleitoral de São Paulo nesta segunda-feira (22).
Segundo a Polícia Federal, além das informações prestadas nas colaborações premiadas, os investigadores cruzaram dados obtidos em buscas, quebras de sigilos bancário e fiscal, interceptações telefônicas e depoimentos de testemunhas.
O ponto de partida da investigação foi o acordo de delação premiada do empresário Wesley Batista. Ele afirmou que Kassab recebeu uma mesada de R$ 350 mil da empresa entre 2010 e 2016, totalizando R$ 30 milhões, “em troca de eventual influência política futura em demandas de interesse da JBS”.
Já o executivo Ricardo Saud disse que a empresa repassou outros R$ 28 milhões ao PSD, partido fundado por Kassab, pela suposta compra de apoio político acertada com o PT.