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Na manhã desta terça-feira (02), o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou ser contra medidas sanitárias restritivas uniformes em todo o território brasileiro.
Para o general, um lockdown nacional não funcionaria em um país de dimensões continentais como o Brasil. “Eu considero que isso são coisas de cada lugar. Porque o Brasil é muitidiferenciado. Cada população tem sua característica. Se analisar o país, são cinco países diferentes num só. O norte é uma coisa, o nordeste é outra, etc e tal. Não adianta você impor algo nacional e aí como você vai fazer isso para valer? A imposição. Nós não somos ditadura. Ditadura é fácil, vai dando bogornada em todo mundo aí”, afirmou.
Ontem (1º), os secretários estaduais de Saúde, reunidos no Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde, divulgaram carta endereçada à população brasileira alertando sobre a necessidade de “adoção imediata de medidas para evitar o iminente colapso nacional das redes pública e privada de saúde”, inclusive de um “toque de recolher nacional”. O documento está em sintonia com nota oficial divulgada e assinada por 17 dos 27 governadores da federação.
Mourão ainda disse que a saída passa por políticas de conscientização, mudanças na dinâmica de transporte urbano e imunização em massa: “Acho que vai ter que ter uma campanha em todos os níveis aí de conscientização da população. Acho também que tinha que ter alguma coisa atitude em relação ao transporte urbano. Acho que nenhum gestor preocupou muito com isso aí. E a gente conseguir acelerar as vacinas. Aí a coisa anda de forma boa”.
Sobre o papel do governo federal nessa “campanha de conscientização”, o general da reserva destacou que “a população cansou”:
“Você nota nitidamente. Quando teve a primeira onda, vamos dizer que foi mais leve, mas com casos que levaram a óbito, o pessoal ficou trancado em casa. De uma hora pra outra abre, voltar de novo é complicado. A turma cansa. Característica do nosso povo, ele não gosta de ficar trancada, ele gosta de ficar na rua. Isso é uma realidade”.