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Nesta quarta-feira (31), a força-tarefa da Operação Lava Jato do Rio de Janeiro encerrou os trabalhos de forma oficial, quase dois meses após a extinção da força-tarefa de Curitiba.
Assim como no caso de Curitiba, as investigações no Rio passam a ser conduzidas, com estrutura reduzida, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – um órgão do Ministério Público Federal (MPF).
O coordenador da Lava Jato do Rio de Janeiro, Eduardo El Hage, continua à frente das investigações, dessa vez pelo Gaeco. Mas, numa força-tarefa, os procuradores tem dedicação exclusiva para um único tipo de investigação. Já no Gaeco, os inquéritos da Lava Jato terão de ser tocados juntamente com uma série de outros casos. Na prática, o novo modo de operação deve atrasar a conclusão das investigações.
O desmonte da força-tarefa da Lava Jato do Rio acontece em meio a investigações ainda em andamento, como a denúncia contra os ex-senadores Romero Jucá e Edison Lobão por suposto recebimento de valores indevidos nas obras da Usina Nuclear de Angra 3.
A criação dos Gaecos foi vista como uma tentativa da atual cúpula da PGR para acabar com as forças-tarefas. O procurador-geral da República, Augusto Aras, é um crítico dos métodos da Lava Jato.
A força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro termina com números expressivos no combate à corrupção. Desde o início das investigações, ainda em 2015, foram realizadas 55 operações, 860 buscas e apreensões, 70 prisões temporárias, 264 prisões preventivas, 105 denúncias contra 894 denunciados. Foram 183 condenados em primeira instância e R$ 3,8 bilhões recuperados por meio de acordos de colaboração premiada, de acordo com dados do Ministério Público Federal (MPF).
Dentre os principais alvos estavam figuras influentes no cenário nacional, como o ex-presidente Michel Temer; os ex-governadores do Rio Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão; Dario Messer, considerado o doleiro dos doleiros no Brasil; o megaempresário Eike Batista; e Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).