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A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) informou nesta terça-feira (6), que uma Sindicância interna realizada pela Agência em todas as redes, documentos e atividades da instituição – além de bases de dados de outros órgãos às quais a Agência tem acesso demonstrou que a ABIN não teve qualquer ligação com supostos relatórios, criados para auxiliar a defesa de Senador da República, Flávio Bolsonaro conforme repercutido pela imprensa.
Segundo a entidade, a área de segurança da informação da ABIN possui registros de toda e qualquer atividade executada em suas redes. Toda a cadeia de produção de Inteligência foi auditada. A apuração assegura que nenhum servidor da Agência produziu, teve acesso ou consultou informações relacionadas aos supostos relatórios.
A íntegra dos documentos, divulgadas apenas após determinação da Procuradoria-Geral da República (PGR), evidencia a total impossibilidade do conteúdo ter sido elaborado pela ABIN ou por seu Diretor-Geral. Trechos dos documentos haviam sido intencionalmente extirpados nas reportagens, justamente por demonstrarem sua total falta de conexão com a narrativa criada.
Membros da carreira de Inteligência, da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Advocacia-Geral da União (AGU) participaram da apuração.
Vazamento de estrutura funcional e de identidade de servidores da ABIN
Sindicância interna também identificou fonte de vazamento de informações sigilosas da Agência.Partes do organograma interno e identidade de servidores foram criminosamente vazados para dar aparência de veracidade às matérias e atribuir suposta responsabilidade pela elaboração dos relatórios.
ABIN informou ainda que em decorrência do resultado das sindicâncias, na manhã desta terça-feira, foram realizadas ações de busca e apreensão, determinadas pela Justiça, para apurar responsabilidade criminal pelo ocorrido.
A ABIN ressaltou ainda que a imprensa cumpre papel fundamental perante à sociedade quando trabalha de forma livre, profissional e voltada à busca da verdade. Todavia, a criação de falsas narrativas e imputação leviana de ilícitos acarretam danos a pessoas, às instituições e à devida formação da opinião pública.