Política

Witzel: ‘Havia uma organização criminosa agindo na Saúde do Rio de Janeiro. Fui punido pela minha transparência’

Nesta quarta-feira (07), o governador afastado do Rio de Janeiro (RJ), Wilson Witzel, afirmou que havia uma organização criminosa agindo dentro da secretaria de Saúde do Estado.

A declaração de Witzel foi feita durante entrevista, minutos antes do depoimento do ex-secretário Edmar Santos, que foi ouvido em sigilo pelo Tribunal Especial Misto (TEM).

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“Havia uma organização criminosa agindo na Saúde do estado do Rio de Janeiro, na sombra, e nos depoimentos do Edson Torres e nos depoimentos do Edmar, eu identifiquei, e hoje isso será explorado aqui, quem efetivamente é o chefe da organização criminosa. Não foi ouvido ainda um dos participantes dessa organização criminosa, que segundo depoimento do Edson Torres, essa pessoa, Zé Carlos, foi apresentado ao Edmar para que ele fizesse parte dessa distribuição de caixinha”, disse Witzel.

O governador afastado confirmou que Edmar Santos foi uma indicação pessoal sua, e disse que não está arrependido. De acordo com ele, o fato de ter trânsito com políticos, além não apresentar nenhum bem com valor acima de seu patrimônio contaram para a escolha do ex-diretor do Hospital Pedro Ernesto, da Uerj: “Indicações de secretário têm o componente técnico e o componente político. O que não pode ter é o componente criminoso, que infelizmente é isso que nós estamos revelando agora. Como a gente pode se arrepender de uma coisa que você não tinha absolutamente nenhuma condição de saber que o sujeito tinha um desvio ético?”.

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Para Witzel, seu governo funcionou em termos de controle. Ele lembrou que existem secretarias com orçamentos maiores que a Saúde, mas que não apresentaram nenhum problema:

“Nós vamos mostrar que o governo não pode ser julgado pelo buraco da fechadura. Nós temos secretarias que têm o orçamento muito maior do que a Secretaria de Saúde. Secretarias de Polícia Militar e de Civil juntas dá R$ 11 bilhões. E até hoje não tivemos nenhum problema. Então, o meu governo em termos de controle funcionou. Nos governos anteriores, o Sérgio Cortes passou oito anos roubando. No meu governo eu tomei as primeiras providências, e estou sendo aqui, vamos dizer, de certa forma, penalizado pela minha transparência”.

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