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Aras Bolsonaro cheques Queiroz Michelle
Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, rejeitou investigar o presidente Jair Bolsonaro por conta de cheques de Fabrício Queiroz depositados na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Em agosto do ano passado, depois de a sequência de depósitos no valor de 89.000 reais vir a público, o advogado Ricardo Bretanha Schmidt acionou o STF para que Bolsonaro fosse investigado por crime de peculato.
“A despeito dos depósitos terem sido feitos na conta da esposa do noticiado e em período anterior ao mandato presidencial em curso, os fatos relatados pela imprensa são graves e revelam a prática, pelo Presidente da República, do crime”, registrou o advogado no pedido.
Ao se manifestar sobre o caso na semana passada, Aras descartou investigar o presidente. “É notório que as supostas relações espúrias entre o senador Flávio Bolsoanro e Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, foram objeto de denúncia na primeira instância em desfavor de ambos”, escreveu Aras.
“Inexiste notícia, porém, de que tenham surgido, durante a investigação que precedeu a ação penal em curso, indícios do cometimento de infrações penais pelo presidente da República”, segue o PGR.
“Os fatos noticiados, portanto, isoladamente considerados, são inidôneos, por ora, para ensejar a deflagração de investigação criminal, face à ausência de lastro probatório mínimo”, conclui Aras em ofício ao decano do STF, Marco Aurélio Mello.