Política

1X1: Gilmar Mendes vota pela anulação da delação de Cabral e pede investigação de delegado por “abuso de autoridade”

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Nesta sexta-feira (21), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, votou pelo recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) para anular a homologação da colaboração premiada do ex-governador do Rio, Sergio Cabral.

O ministro do STF não entrou no mérito do direito da Polícia Federal (PF) de negociar delações, mas pediu que o delegado responsável pelo acordo seja investigado por “abuso de autoridade” e “violação de sigilo profissional”.

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“Voto para acolher a questão preliminar suscitada pelo Relator tão somente para tornar sem efeito a decisão que homologou o acordo de colaboração premiada (fls. 726/739), sem firmar qualquer tese com efeito erga omnes quanto à competência da Polícia Federal para celebrar acordo de colaboração premiada”, diz Gilmar na decisão.

Para ele, “houve usurpação das atribuições definidas constitucionalmente, visto que ausente autorização pelo Tribunal competente’.

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“A ilicitude na investigação indevida de Ministro desta Corte é reforçada por outras duas circunstâncias relevantes: a) a tentativa de criminalização de atos de arquivamento praticadas pelo Presidente do STF em exercício a pedido da PGR e confirmada em sede de embargos de declaração pela Vice-Presidente desta Corte e b) o vazamento seletivo das informações deste caso sigiloso para a mídia, com possível violação ao tipo do art. 154 do Código Penal”.

Gilmar ainda disse que “a construção de narrativas mentirosas e o seu uso ardiloso têm se tornado a principal ferramenta de perpetuação de um modelo autoritário de justiça em nosso país”.

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Ao concluir seu voto, encaminhado ao plenário virtual, o ministro pediu a abertura de investigação por abuso de autoridade e violação de sigilo funcional.

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