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O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Paulo Maiurino, não foi informado com antecedência da operação que a corporação realizou na semana passada contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente do Ibama, Eduardo Bim. A informação é do jornal O Globo.
O presidente do Ibama e outros nove agentes públicos foram afastados do cargo. Além de Salles e Bim, outros 16 servidores do Ibama e do ministério foram alvo da ação.
Deflagrada na última quarta-feira (19) com a autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a Operação Akuanduba investiga crimes contra a administração pública, como corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e, especialmente, facilitação de contrabando, praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.
O inquérito que baseou a operação Akuanduba corre em Brasília e é comandado pelo delegado Franco Perazzoni, da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e o Patrimônio Histórico (Delemaph).
Segundo o jornal, para montar a operação, Perazzoni contou com a aprovação de seu superior, o coordenador de crimes fazendários, Cleo Mazotti, que solicitou às superintendências locais — de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pará — o aparato necessário.
Nem sempre a montagem de grandes operações chega ao conhecimento do diretor-geral. A informação é, por princípio, compartimentada. O entendimento é de que o caso em questão era delicado, em razão de Ricardo Salles ser ministro de Estado.
Além disso, a operação foi feita sobre um caso que já havia sido arquivado pelo Ministério Público e foi desarquivado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, também não foi comunicado a respeito da operação.