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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques, acompanhou Gilmar Mendes e também votou no sentido de tornar sem efeito a decisão que homologou o acordo de delação premiada do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral.
O caso está sendo analisado pelo plenário virtual do STF desde a última sexta-feira (21). A sessão encerra na próxima sexta (28).
O voto de Kassio visa não analisar abstratamente a legitimidade da Polícia Federal para celebrar acordo de delação premiada de Cabral, que está preso desde novembro de 2016.
Se a preliminar sobre a legitimidade for superada, o voto de Gilmar Mendes e Nunes Marques visa dar provimento ao agravo regimental e reformar a decisão que homologou o acordo de colaboração premiada firmado entre Cabral e a Polícia Federal.
Edson Fachin, relator do caso, acolheu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e concordou que é necessária a anuência do Ministério Público nos acordos firmados pela Polícia Federal.
Luís Roberto Barroso seguiu entendimento do ministro Fachin a favor da manutenção do acordo de delação premiada firmado por Cabral com a Polícia Federal. Segundo Barroso, “o plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu que o delegado de Polícia possui legitimidade para a celebração de acordo de colaboração premiada”.
Com o voto de Nunes Marques, o julgamento está em 2 a 2 – sendo dois votos a favor, de Fachin e Barroso, e dois contra, de Gilmar e Marques.