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Na noite desta quarta-feira (26), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou parte do sigilo do inquérito que envolve o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
O ministro mencionou que “inúmeras publicações jornalísticas” divulgaram a autorização dos procedimentos com “trechos incompletos de seu conteúdo”. A decisão de retirar o sigilo não envolve a documentação apurada na operação e os dados obtidos pela quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados.
“Assim, é certo que o objeto da investigação conduzida nestes autos é de conhecimento público, circunstância que, neste caso específico, reforça a necessidade do levantamento parcial do sigilo”, escreveu Moraes.
Mais cedo, Moraes negou um pedido da Procuradoria-Geral da República para deixar a relatoria do inquérito que apura irregularidades no Ministério do Meio Ambiente.
Na petição entregue na terça-feira (25) ao ministro Alexandre de Moraes, a Procuradoria-Geral da República disse que o caso deveria ficar com a ministra Cármen Lúcia porque ela já é relatora de duas notícias-crime contra Ricardo Salles, uma delas apresentada em abril pelo delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva. A acusação é de que o ministro teria tentado interferir na operação Handroanthus, que resultou na maior apreensão de madeira da história.
O relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que embasou a operação foi vazado para imprensa, por uma ala da Polícia Federal (PF) que se opõe ao governo do presidente Jair Bolsonaro.