Política

‘Municípios não podem criar regras próprias de vacinação’, defende Queiroga

Na tarde desta sexta-feira (16), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou a atuação de gestores estaduais e municipais que têm adotado estratégias diferentes das pactuadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19.

Durante evento em Mato Grosso do Sul, Queiroga afirmou que é preciso seguir o que foi decidido pelo Comitê Intergestores Tripartite (CIT). O grupo, responsável pela definição de estratégias de saúde do país, é formado pelo Ministério da Saúde, pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).

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“Devemos seguir juntos e, em relação à campanha nacional de vacinação, cumprir o que foi pactuado na tripartite. Não podemos ter municípios criando regras próprias, escolhendo subgrupos diferentes para vacinação”, defendeu.

Queiroga criticou, sem citar o Rio de Janeiro, a inclusão da terceira dose da vacina no calendário de imunização de municípios. A capital fluminense anunciou, na quinta-feira (15), que pretende aplicar o terceiro reforço em idosos de 60 anos ou mais entre outubro e dezembro deste ano.

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“Ainda está em discussão, fazendo uma avaliação científica, se houver uma queda de imunidade, vamos fazer o reforço de dose no grupo de 80 anos ou mais”, disse o secretário de Saúde, Daniel Soranz.

De acordo com o gestor, a ideia é distribuir vacinas cruzadas, ou seja, de diferentes fabricantes nesta terceira dose. Queiroga defendeu que a medida “gera calor ao invés de gerar luz”.

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“Um grande município do Brasil já está anunciando terceira dose. Como anunciar a terceira dose se a gente não avançou ainda na primeira dose em 100% da população brasileira? Isso gera calor ao invés de gerar luz. Nós precisamos ter os dados que são oriundos da ciência para poder tomar decisão”, assinalou.

Queiroga afirmou que não se deve seguir uma “ciência self-service” e criticou a aplicação de vacinas cruzadas. O Ministério da Saúde anunciou, na última semana, que não recomenda a aplicação de imunizantes de diferentes laboratórios em um mesmo paciente, pois considera que não existem estudos suficientes para comprovar a segurança da ação.

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“Não pode ter uma ciência self-service, que saio usando para o que quero, tem que ter base sólida. Não sabemos ainda como é a intercambialidade de doses, existem uma ou duas publicações. Porque querer agora no PNI ficar criando estratégias próprias, diferente do que foi pactuado na tripartite, incluindo subgrupos que não foram elencados?”, questionou.

Nesta semana, diversos governadores procuraram o ministro para solicitar a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos de idade. Além disso, alguns gestores pediram análise do Ministério da Saúde sobre a redução do intervalo entre a primeira e a segunda dose dos fármacos da Pfizer e AstraZeneca. A pasta prometeu encaminhar as pautas para análise da câmara técnica.

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