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Na tarde desta quarta-feira (18), o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou que o depoente Túlio Silveira passa a ser investigado pela comissão. O advogado representa a empresa Precisa Medicamentos.
Túlio Silveira ficou calado a maior parte do tempo da sessão, ou sempre que foi questionado sobre detalhes da negociação da Precisa com o Ministério da Saúde para trazer ao Brasil doses da vacina Covaxin.
Há dúvida entre os senadores se Túlio Silveira é somente um advogado da empresa – ele não diz não possuir cargo e afirma ser apenas um prestador de serviço contratado – ou se a representa como um funcionário da empresa que teria interesses na negociação.
“Considerando que o depoente optou pelo silêncio sem ajudar os trabalhos da comissão. Considerando que o depoente não apresentou a procuração que mostraria que ele representava como advogado a Precisa, decido colocá-lo como investigado dessa investigação”, disse o relator.
A sessão desta quarta foi aberta com a tentativa da defesa do depoente de evitar o depoimento. A medida foi defendida também pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO).
De acordo com o parlamentar, a OAB é clara em seu regulamento ao não aceitar que advogados deem detalhes de suas ações nessa função em investigações.
A informação foi rebatida pela senadora Simone Tebet (MDB-MS), que declarou que Túlio Silveira aparecia no processo como parte envolvida na negociação, não apenas como advogado da empresa Precisa Medicamentos.