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O Partido dos Trabalhadores (PT) acionará nesta segunda-feira (18), o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) contra o deputado Frederico D’Avila (PSL), que criticou o arcebispo de Aparecida e o Papa Francisco, chamando Dom Orlando Brandes, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e o chefe da igreja Católica de “vagabundos”.
A declaração foi feita após a fala de Brandes sobre “pátria amada não ser pátria armada” durante missa no dia de Nossa Senhora Aparecida.
“Pátria armada é a pátria que não se submete a esta gentalha, seu safado. E a sua CNBB propagadora da teologia da libertação. Você se esconde atrás da sua batina para fazer proselitismo político, para converter as pessoas de bem na sua ideologia. A última coisa que vocês tomam conta é da alma e da espiritualidade das pessoas, seu vagabundo. Safado. Que se submete a este Papa vagabundo também”, disse Frederico em Plenário.
O deputado do PT, Emídio de Souza, será responsável pelo acionamento no Conselho de Ética.
“Por quebra de decoro parlamentar, vou propor que o seu discurso seja excluído dos anais da Assembleia Legislativa de São Paulo e da TV Assembleia e vou propor que ele se retrate publicamente dos horrores que falou na tribuna da Assembleia. Este deputado, que é um deputado ligado aos latifundiários do Estado de São Paulo, não é a primeira vez que ele faz discurso de ódio na Assembleia e isto não pode ficar impune”, declarou o petista.
O presidente Jair Bolsonaro participou de uma missa em Aparecida no dia 12 de outubro, mas não estava na celebração em que o arcebispo fez a colocação sobre a pátria armada.
A CNBB enviou uma carta ao presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB) pedindo punição ao deputado Frederico D’ávila.
“Defensora e comprometida com o estado democrático de direito, a CNBB espera da casa legislativa, confiando na sua credibilidade, medidas internas eficazes, legais e regimentais para que este ultrajante desrespeito seja reparado em proporção à sua gravidade, sinal de compromisso inarredável com a construção de uma sociedade democrática e civilizada”, aponta documento do órgão.