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A ex-servidora Marina Ramos Brito dos Santos, contratada como assessora do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) entre janeiro de 2016 e fevereiro de 2021, afirmou que o presidente da CCJ sabia do suposto esquema de ‘rachadinha’ no gabinete dele.
A afirmação foi feita em entrevista à revista Veja publicada neste domingo (31).
Marina denunciou que ficava com apenas R$ 1,35 mil dos R$ 14 mil que recebia no gabinete. O resto era devolvido para o gabinete do senador. Em troca, ela não precisava cumprir expediente.
“O senador me falou que eu não era capacitada para o emprego, que não tinha curso superior, mas que iria me ajudar. Ele disse assim: ‘Eu te ajudo e você me ajuda’”, disse Marina. “Ele [Alcolumbre] estava a par de tudo”, disse Marina para a Veja.
Ela relatou ainda à revista ter presenciado um assessor mais próximo de Alcolumbre, por várias vezes, ligar para o senador relatando o que “as meninas” estavam fazendo. As “meninas” a que ela se refere seriam outras cinco mulheres que, assim como ela, foram contratadas e devolviam parte do salário para Alcolumbre.
O suposto esquema de ‘rachadinha’ de Alcolumbre, que teria desviado R$ 2 milhões, foi revelado pela Veja na semana que passou. O senador negou ter cometido irregularidades e disse que as acusações têm motivação política.