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A Polícia Federal (PF) marcou para o dia 29 de novembro o depoimento do atual ministro-chefe da Casa Civil e um dos líderes do Centrão, Ciro Nogueira, na condição de investigado, em um inquérito que apura a “venda” de apoio político do PP para a coligação da ex-presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014, supostamente paga pela JBS.
A investigação em curso no STF apura o pagamento de 42 milhões de reais em repasses do frigorífico ao PP naquela campanha, dos quais uma parte teria sido destinada a Ciro Nogueira, que é presidente licenciado da sigla.
O inquérito também mira o suposto pagamento de 500.000 reais, de 8 milhões de reais que teriam sido prometidos a Nogueira pelo empresário Joesley Batista, ex-presidente da JBS, para adiar a reunião que bateria o martelo sobre a saída do PP do governo Dilma, em março de 2016.
O valor teria sido pago diretamente ao ministro um ano depois, em março de 2017.
Ciro Nogueira já havia prestado depoimento, mas novas provas apresentadas por Joesley e Ricardo Saud, ex-diretor de relações institucionais da JBS, levaram à necessidade de ouvi-lo novamente para que ele possa se defender.
Relatório parcial apresentado pelo delegado federal Rodrigo Borges Correia a Rosa Weber afirmou que os depoimentos de Joesley e Saud “restaram corroborados por provas autônomas”.
Entre os elementos está um procedimento administrativo fiscal da Receita Federal que apontou o recebimento de 5 milhões de reais em espécie por Ciro Nogueira, a pedido da JBS, por intermédio de um supermercado de Teresina.
O dono do supermercado admitiu à PF ter feito repasses ao Ciro Nogueira por meio do irmão dele, Gustavo Nogueira, no segundo semestre de 2014, a mando de Joesley.