Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Na manhã desta terça-feira (23), o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmou que “não é correto” atribuir à estatal a culpa pelos sucessivos aumentos dos preços de combustíveis.
O general ressaltou que não há monopólio no fornecimento de combustível e que a empresa apenas pratica preços de mercado.
“Não há monopólio. A Petrobras não é a única supridora de combustíveis do mercado e atribuir à Petrobras preço de combustível não é correto. A empresa tem que praticar preços de mercado”, enfatizou o militar.
Silva e Luna foi convidado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal para esclarecer as altas nos valores cobrados pelo diesel e gasolina.
Aos senadores, ele defendeu que a estatal responde por apenas uma fração dos preços de combustível no Brasil. “A Petrobras acompanha preços de mercado, resultado do equilíbrio entre oferta e demanda. A Petrobras reajusta os preços dos combustíveis observando os mercados externo e interno, competição entre produtores e importadores e a variação do preço no mercado mundial, observando se trata de fenômeno conjuntural ou estrutural”, explicou.
De acordo com Silva e Luna, de 15 reajustes de preço realizados pela estatal, 38 foram repassados ao consumidor, enquanto 11 aumentos na bomba dos postos resultou em 34 altas ao comprador.
“O consumidor tem outras opções de escolha para abastecer. A gasolina produzida pela Petrobras representa apenas 40% do consumo dos veículos leves e 62% do consumo de diesel”, continuou.
“Não repassamos essa volatilidade ao consumidor. Os aumentos não correspondem à Petrobras e estão sendo colocados na conta dela”, criticou o militar.