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Em conversa com empresários do grupo Personalidades em Foco, o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) disse que, se eleito presidente, não será “um anjo vingador” contra políticos, mas falou em “movimento de anulação de condenações que gera descrédito, ruim para as instituições”.
Nesse último ponto, Moro respondia a questionamentos sobre o STF: “Compartilho dessa crítica, com a ressalva de que sou institucional. O remédio para isso são mudanças e reformas que melhorem nossas instituições. O mero ataque e o desrespeito não é algo que constrói. É preciso pensar em reformas institucionais no STF. Transformá-lo num tribunal constitucional e pensar em mandato para os ministros”.
“Há hoje uma excessiva verticalização, tudo pode chegar ao Supremo. Precisa resolver as coisas em primeira e segunda instâncias”, disse na segunda-feira (27).
Moro disse apostar na articulação política feita ainda na pré-campanha como caminho para aprovar reformas e medidas imediatas: fim da reeleição e do foro privilegiado logo no início de um eventual mandato.
“A dificuldade é fazer a demanda por reformas essenciais vencer os interesses setoriais e corporativos”, afirmou.
O pré-candidato foi questionado sobre como conquistar apoio prévio da classe política equilibrando seu discurso anticorrupção, tido como “ameaçador” à categoria: “Não vou ser um anjo vingador. O que queremos é fortalecer nossas instituições. Quando fui ministro, conversei muito, mas fui sabotado. Há espaço para discussões”.