O Partido Democrático Trabalhista (PDT) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o governo federal seja obrigado a revelar dados de visitas de pastores ao Palácio do Planalto.
Alegando questão de segurança, o governo decretou sigilo de 100 anos nas informações solicitadas por jornalistas sobre as idas dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura à sede do Executivo federal.
Santos e Moura estão sendo investigados por envolvimento em supostos repasses irregulares de verbas do Ministério da Educação.
Na representação à PGR o PDT escreveu que o sigilo do governo com relação às idas dos pastores ao Planalto esconde a “existência de algo obsceno, que está por trás da cena”.
Tudo começou com um áudio vazado pela imprensa do então ministro da Educação Milton Ribeiro. Em uma reunião com prefeitos, Ribeiro disse que repassava o dinheiro público para municípios apontados pelos pastores.
Ribeiro afirmou ainda que fazia isso a pedido do presidente Jair Bolsonaro.
Depois, ele negou que favorecesse os pastores e que Bolsonaro tivesse feito essa solicitação.
Após a divulgação do conteúdo, uma série de denúncias de prefeitos, que foram a público para contar que recebiam pedido de propina dos dois pastores em troca de verbas do MEC. De acordo com eles, os pastores pediam até ouro.
