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O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, deve ser transferido de volta para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste, nesta segunda-feira (02), depois que uma fiscalização encontrou indícios de regalias na Unidade Prisional da PM, onde ele é mantido.
Outros presos da mesma ala do batalhão também serão transferidos. As denúncias foram reveladas pelo Fantástico no domingo (1º).
Uma fiscalização encontrou no presídio celulares, anabolizantes, cigarros eletrônicos e listas de encomendas a restaurantes.
Em uma das imagens, obtidas pelo jornal, mostram a equipe da Vara de Execuções Penais entrando no presídio. O ex-governador estava em uma área externa com um outro preso, o tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira, condenado a 36 anos de prisão pela morte da juíza Patricia Acioli, assassinada em 2011.
“Nesse momento que os fiscais entraram na galeria, eu vi que havia uma porta ao lado e, antes de eu entrar, eu vi esse policial que é preso recebendo uma sacola verde. Quando ele me viu, ele ficou sem ação e jogou a sacola por cima da cerca. Mas acho que ele se assustou e não jogou com tanta força. Ela caiu dentro da unidade. E ao lado dessa área onde se encontrava esse policial, nós vimos, nas filmagens, que só se encontravam o senhor Sergio Cabral e o coronel Claudio. Então há um indício de que esse material fosse deles”, afirma o juiz Marcelo Rubioli, que determinou a realização da transferência de Cabral nesta segunda para uma unidade de segurança máxima.
Dentro da sacola, além dos dois celulares, estavam mais de R$ 4 mil em dinheiro e vários cigarros de maconha.
Em uma das mesas, na área onde Cabral e o coronel estavam, os agentes encontraram um caderno com registros de pagamentos em dinheiro, crédito, débito e até para um aplicativo de comida.
Um dos recibos era relativo a um verdadeiro banquete árabe, pedido na semana passada: esfihas, kafta, lentilha – um pedido com o valor total de R$ 1.508.
Nas celas de vários detentos foram encontradas outros itens irregulares.