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A cantora Daniela Mercury recebeu R$ 160 mil para cantar no Pacaembu no último domingo (1), em evento realizado por centrais sindicais para comemorar o Dia do Trabalhador, que serviu como palanque eleitoral para o ex-presidente Lula (PT).
Vereadores destinaram quase R$ 1 milhão em emendas parlamentares para um evento realizado no 1º de Maio, Dia do Trabalhador, em São Paulo. O ato contou com a presença de Lula, e, durante as apresentações, artistas manifestaram apoio ao petista, que é pré-candidato ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano.
Os vereadores que enviaram emendas para o evento cultural são Sidney Cruz, do Solidariedade, e Eduardo Suplicy e Alfredinho, ambos do PT. Recentemente, o deputado federal Paulinho da Força, que comanda o Solidariedade, oficializou apoio a Lula na corrida eleitoral.
Segundo o portal R7, o vereador Sidney Cruz destinou R$ 360 mil, dos quais foram utilizados R$ 187 mil. O montante é a mesma cifra que a administração municipal utilizou para o pagamento dos artistas que se apresentaram no evento.
Segundo a equipe petista, Suplicy e Alfredinho enviaram R$ 125 mil e R$ 400 mil, respectivamente, para contribuir com a estrutura do evento, que reuniu artistas como Daniela Mercury, Francisco El Hombre, Dexter e Sampagode.
Durante o evento, a cantora baiana ergueu a bandeira do Partido dos Trabalhadores (PT), declarando apoio a Lula e defendendo a candidatura do petista, violando regras do TSE. Segundo a Lei Eleitoral, “é proibida a realização de showmício e de evento assemelhado para promoção de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral”, assim como é vedado o pedido de votos explícito antes de 6 de agosto.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou hoje que a controladoria-geral do município vai abrir uma sindicância para investigar como foi feita a contratação do show pró-Lula de Daniela Mercury.