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Na tarde desta terça-feira (07), o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) negou a abertura de um processo contra o deputado Wellington Moura (Republicanos) por ter dito que iria colocar um “cabresto na boca” da deputada Mônica Seixas (PSOL).
O equipamento costuma ser usado na boca de animais como cavalos. Foram cinco votos contrários e quatro favoráveis à abertura do processo. Votaram contra os deputados Campos Machado (Avante), Adalberto Freitas (PSL), Altair Moraes (Republicanos), Delegado Olim (PP) e Estevam Galvão (União).
A frase foi dita em 18 de maio durante uma sessão no plenário da Casa. Após o caso, a deputada entrou com uma representação no conselho pedindo a cassação do mandato de Moura.
Em defesa prévia, o parlamentar do Republicanos afirmou ter avó negra e que utilizou o termo com conotação de “algo que controla”.
Nesta terça, o Conselho de Ética também negou, por oito votos a um, o pedido feito por Mônica contra o deputado Gilmaci Santos (Republicanos), que a chamou de “louca”.
“O que está acontecendo está escalonando ao ponto de impedir que nós mulheres exerçamos aqui o papel para que fomos eleitas. Chamar de louca é uma violência que me impede de ficar no plenário […] Gilmaci assumiu que me chamou de ‘menininha louca’”, disse Mônica nesta terça.
Durante a sua fala, ela foi interrompida por Santos: “meninha não, menina”, disse o deputado. “Interromper a fala da colega não é regimental, deputado. Me chamar de menina, é me reduzir na minha condição de parlamentar eleita. Eu gostaria que o senhor me chamasse de vossa excelência ou senhora, da mesma forma que me refiro ao senhor”, continuou a deputada.
Também foi analisado e negado pelo Conselho, por oito votos a um, o pedido feito pela deputada Valeria Bolsonaro (PL) contra o deputado José Américo (PT) por quebra de decoro.
A parlamentar o acusa de machismo e agressão verbal durante discussão em plenário.