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MPF cita ‘possível interferência ilícita’ de Bolsonaro na investigação contra Milton Ribeiro e envia caso ao STF

O Ministério Público Federal (MPF) apontou possível “interferência ilícita” do presidente Jair Bolsonaro nas investigações sobre o caso do ex-ministro da Educação (MEC) Milton Ribeiro e pediu para que fosse enviada parte dos autos ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o documento, o procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes pede que a investigação seja encaminhada ao STF de forma sigilosa para que seja apurada eventual ocorrência dos crimes de violação de sigilo funcional com dano à administração judiciária.

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“Outrossim, nesta oportunidade, o MPF vem requerer que o auto circunstanciado nº 2/2022, bem como o arquivo de áudio do investigado Milton Ribeiro que aponta indício de vazamento da operação policial e possível interferência ilícita por parte do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro nas investigações, sejam desentranhados dos autos e remetidos, de maneira apartada e sigilosa, ao Supremo Tribunal Federal, em respeito ao art. 102, I, b, da Constituição da República, a fim de que lá seja averiguada a possível ocorrência dos crimes de violação de sigilo funcional com dano à Administração Judiciária (art. 325, § 2º, do Código Penal) e favorecimento pessoal (art. 348 do Código Penal)”, diz o procurador.

O MPF destaca também indícios de “igual interferência” na atividade investigatória da Polícia Federal em relação ao tratamento dado para Ribeiro.

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“O qual não foi conduzido ao Distrito Federal (não havendo sido tampouco levado a qualquer unidade penitenciária) para que pudesse ser pessoalmente interrogado pela autoridade policial que preside o inquérito policial, apesar da farta estrutura disponível à Polícia Federal para a locomoção de presos”, argumenta.

“Nesse ponto, destaque-se que a ausência de Milton Ribeiro perante a autoridade policial foi prejudicial ao livre desenvolvimento das investigações em curso, além de ferir a isonomia que deve existir no tratamento de todos os investigados”, acrescenta.

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Operação deflagrada pela PF na quarta-feira (22) prendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e pastores com influência dentro do MEC. A suspeita é que eles façam parte de esquema que liberava verbas da pasta para projetos em municípios em troca de propina.

Ribeiro, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e demais presos na operação foram soltos na quinta (23), por determinação judicial.

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