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O Ministério Público do Trabalho (MPT) começou a tomar depoimentos sobre as denúncias de assédios sexual e moral na Caixa envolvendo o ex-presidente Pedro Guimarães e outros ex-dirigentes do banco.
No MPT, a investigação é de cunho trabalhista e deve contar com o compartilhamento de provas do Ministério Público Federal (MPF), onde cerca de 10 vítimas já foram ouvidas.
O 1º depoimento foi ouvido na segunda-feira (04). É mantido sob sigilo e, segundo a Globonews apurou, foi de uma funcionária que ainda não tinha falado com a imprensa.
De acordo com o jornal, ela relatou supostos detalhes sobre assédio sexual e também assédio moral envolvendo Pedro Guimarães.
O MPT está na fase de coleta de provas. O procurador Paulo Neto fez uma inspeção na sede do banco em Brasília nesta segunda (04). Segundo ele, o objetivo da inspeção foi conhecer o espaço físico da Caixa, onde, de acordo com as denúncias, ocorreram os episódios de assédio.
“O objetivo da inspeção foi verificar o espaço físico, onde esses supostos assédios estão ocorrendo. Foi construído um quadro fático e durante o depoimento das testemunhas é importante que a gente tenha essa ideia de como é o espaço físico aí dentro, quais setores se relacionam, onde funciona a presidência e a vice-presidência”, afirmou o procurador.
O procurador explicou como é a atuação do MPT no caso: “Temos o relato que a imprensa conseguiu colher e a apuração do assédio sexual no Ministério Público Federal. O MPT vai focar no assédio moral, sem embargo da apreciação do assédio sexual, porque o assédio sexual e o moral andam em conjunto”.
O MPT deu 10 dias para que a Caixa e Pedro Guimarães se manifestem sobre as denúncias.
De acordo com Paulo Neto, a partir da resposta da Caixa, o MPT fará uma análise para decidir se a investigação preliminar vai ser convertida em inquérito civil e adotar outras providências.
