Deputados de vários partidos homenagearam, nesta quarta-feira (9), a cantora Gal Costa no Plenário da Câmara, com um minuto de silêncio e discursos sobre a importância da artista para a cultura brasileira.
Nascida em Salvador (BA), Gal Costa morreu nesta quarta-feira (9) em São Paulo, aos 77 anos de idade, depois de 57 anos de uma carreira que ajudou a criar a trilha sonora da história do Brasil desde 1965, em plena ditadura militar.
Pelas redes sociais, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), escreveu que o Brasil, surpreso e triste, perde a cantora Gal Costa. “Desde os anos 1960, nos acostumamos com a beleza da voz de uma das mais importantes intérpretes da música popular brasileira. Mas a Gal e seu talento são imortais”, disse Lira.
O deputado Alexandre Frota (Pros-SP) pediu um minuto de silêncio pela morte da cantora. “Uma das maiores cantoras do mundo, Gal Costa, que hoje nos deixou, aos 77 anos de idade, é uma grife da nossa música popular brasileira, uma mulher que ultrapassou fronteiras”, disse.
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) também destacou a importância da artista baiana para a cultura brasileira.
“O meu nome é Gal. Quem não conhecia esta fantástica mulher, que mexeu com as nossas vidas? Gente da minha idade sabe o quanto ela foi importante para a cultura popular brasileira, com suas músicas, com seu jeito e com sua história. Prestamos uma homenagem hoje na Seguridade Social com uma salva de palmas, porque entendemos que um artista deve ser saudado também dessa forma”, afirmou.
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) lembrou a resistência de Gal Costa durante o regime militar.
“Gal resistiu num momento em que outros artistas, exilados ou auto-exilados, perseguidos pela ditadura militar, tinham efetivamente que deixar o Brasil. Ela mantinha alta a voz da Tropicália, a voz da cultura nacional. Perder Gal é perder precocemente e nós sabemos que a Gal ainda tinha um caminho enorme a percorrer soltando a sua voz”, disse Alice Portugal.
Políticas públicas
O deputado Marcelo Calero (PSD-RJ) destacou a importância de Gal Costa na luta pela cultura nacional.
“Nós temos que aproveitar este momento em que se fala tanto de reconstrução das políticas públicas de cultura e lembrar o quanto ela pessoalmente foi importante para que o nosso fazer cultural fosse alçado a um outro patamar. E, neste momento que a gente fala de reconstrução, não ter uma referência viva como é Gal Costa realmente é muito doído”, disse Calero.
*Com informações de Agência Câmara de Notícias
