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Em entrevista ao jornal O Globo divulgada nesta segunda-feira (16), o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto, afirmou que enxerga no ato de 8 de Janeiro uma das frentes de “uma orquestração financiada” para abolir a democracia brasileira.
O ex-presidente da Suprema Corte disse que a destruição da sede do STF como uma “tristeza” “inimaginável” e diz estar certo de que constituem um “ataque terrorista”.
Na entrevista, ele ainda afirmou que considera uma “traição” ao Brasil a minuta de decreto que previa a instauração do estado de defesa e a intervenção ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O esboço do documento foi encontrado na casa de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro.
De acordo com Ayres Britto, o episódio não pode ser visto isoladamente, pois é parte de algo grave: “Faz parte de um contexto, de um conjunto, de algo serial. [A minuta] não foi usada porque não houve condições. Mas foi concebida, pensada para ser usada. Botaram no papel”.