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Na segunda-feira (05), o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que a Venezuela não tem como pagar em divisas o passivo com governo brasileiro e a tendência seria a quitação em energia elétrica e petróleo.
De acordo com ele, os passivos com o BNDES foram quase que integralmente cobertos pela Fundo de Garantia à Exportação (FGE), restando uma pequena parcela.
O FGE é um fundo de natureza contábil, vinculado ao Ministério da Fazenda, que tem como finalidade dar cobertura às garantias prestadas pela União nas operações de Seguro de Crédito à Exportação.
O BNDES informou que a Venezuela recebeu em contratos de apoio à exportação de serviços de engenharia US$ 1,5 bilhão (R$ 7,40 bilhões), sendo que US$ 40 milhões estão em atraso e serão indenizados pelo FGE. O saldo devedor é de US$ 84 milhões.
Já foram indenizadas pelo FGE US$ 682 milhões em prestações em atraso.
“Um país não quebra, ele atrasa. Brasil já fez moratória da dívida externa. A Venezuela disse publicamente a disposição de retomar o pagamento, a negociação é diretamente com a Fazenda por conta do Fundo de Garantia à Exportação”, disse Mercadante a jornalistas.