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Um relatório da Polícia Federal (PF) divulgado pela revista “Veja” revela a existência de um documento com instruções para um golpe de Estado no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O tenente-coronel foi preso no dia 3 de maio deste ano em uma operação da PF que apura suspeita de fraude em cartões de vacinação de Bolsonaro e auxiliares. O celular de Mauro Cid também foi apreendido na ocasião.
De acordo com a revista Veja, o relatório da Polícia Federal não cita a data de criação do documento, nem de quem ele foi recebido ou se foi enviado para algum destinatário.
Também não há indicação de que o texto tenha sido encaminhado ao ex-presidente, nem sobre a existência de conversas com esse teor entre os dois, segundo a revista.
De acordo a “Veja”, o documento encontrado no celular de Mauro Cid é intitulado “Forças Armadas como poder moderador” e traz uma série de ações para desconstituir as instituições.
Entre elas: a nomeação de um interventor, o afastamento e abertura de inquéritos contra ministros do TSE e outras autoridades, e a fixação de um prazo para novas eleições.
O documento aponta que as medidas poderiam ser tomadas após autorização do presidente da República.
A minuta afirma que ministros do TSE teriam sido responsáveis por “atos com violação da prerrogativa de outros poderes”.
Por isso, sem citar nomes, o documento afirma que eles deveriam ser trocados pelos próximos da fila de substituição no Supremo Tribunal Federal (STF): Kassio Nunes Marques, André Mendonça e Dias Toffoli.