Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Washington Quaquá, vice-presidente do PT, voltou a defender sua amizade com o deputado Eduardo Pazuello (PL) e a posição que assumiu no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em entrevista à revista Veja, publicada no domingo (3), o petista disse que não tem problemas em ter amigos de diferentes partidos políticos e que, na sua opinião, a esquerda está “muito dogmática e fundamentalista”.
Quaquá também criticou a militância do PT que pediu sua expulsão do partido. “Tenho 52 anos de idade, entrei no PT aos 14 anos, cresci na favela, e aí vem alguém de classe média, que nunca fez nada por ninguém, que fica o dia inteiro numa rede social: ‘Ah, mas a militância…’ Que militância? Tenho o direito de discordar. O PT é, até que se prove o contrário, um partido democrático”, afirmou.
Ao justificar sua posição no Conselho de Ética, Quaquá disse que defendeu a absolvição de dois deputados apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que foram acusados de quebra de decoro parlamentar. Ele disse que os deputados não cometeram atos graves o suficiente para serem cassados.
Quaquá também criticou a postura de alguns deputados do PT que, segundo ele, estão mais preocupados em agradar a militância do que em dialogar com outras correntes de pensamento. “Tem gente que joga para a plateia dentro do PT, uma plateia de classe média, lacerdista, udenista e de esquerda. O Brizola chamava isso de ‘UDN de macacão’. Temos hoje uma UDN de sunguinha, aquele militante da Praia de Ipanema”, disse.
“O Pazuello tem a cabeça de militar, pode ser até que pague alguma coisa pelos erros do governo Bolsonaro, mas não é um fascista que estava lá para matar. Vamos com calma. Ele é uma pessoa agradável, gosta de samba, é um malandro carioca. Eu, inclusive, o convidei para entrar em uma frente parlamentar para tratar da logística com Cuba. Ele entende de logística. Tenho zero problemas em ter amigos de direita”, disse Quaquá sobre Pazuello.