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A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) apresentou um projeto de lei para que terapias de conversão sexual (“cura gay”) sejam equiparadas ao crime de tortura. A proposta prevê que a terapia passe a ser considerada crime inafiançável, com pena de reclusão de 2 a 8 anos.
O projeto de lei foi protocolado dias depois da morte da influenciadora Karol Eller, apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ela foi encontrada morta em 12 de outubro depois de se jogar de um prédio onde morava, em São Paulo.
Karol Eller teria realizado a prática da chamada “cura gay” na Igreja Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás.
Em setembro deste ano, Eller compartilhou uma mensagem dizendo que deixaria de ser lésbica.
“Pessoas LGBTQIA+ não estão doentes. E um suposto profissional da saúde mental ou liderança religiosa que diz ser capaz de mudar a orientação sexual de alguém, na verdade, só é capaz de realizar um espancamento psicológico até que a vítima negue a si mesma”, escreveu Hilton no X (antigo Twitter).
“Não vamos aceitar que pessoas LGBTQIA+ continuem tendo a vida destruída para que fundamentalistas continuem, impunemente, tentando adequá-las aos seus preconceitos”, completou a parlamentar.