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Em entrevista ao jornal O Globo, o líder do PT no Senado Federal, Fabiano Contarato (PT-ES), afirmou nesta quarta-feira (13) não ter ficado satisfeito com as respostas dadas por Paulo Gonet, indicado por Lula para o cargo de PGR, sobre cotas raciais e casamento homoafetivo.
Durante sabatina, o subprocurador-geral afirmou que vedar a união homoafetiva e da adoção de crianças por parte de casais constituídos por pessoas do mesmo sexo seria “tremendamente injusto”.
Paulo Gonet também não respondeu diretamente sobre sua posição sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo e disse apenas que a legislação já previa a possibilidade e que, uma vez confirmado como PGR, “não teria interesse em agir de modo contrário”.
Ele afirmou que, como jurista, precisa aceitar o que os parlamentares ou o que o STF decidirem.
Gonet disse ainda considerar injusto que duas pessoas que vivem “como se fosse uma unidade familiar” não tivesse nenhum reconhecimento desse fato.
“Como jurista, estou afeito ao que vossas excelências decidem. Se o legislador admite, como jurista é óbvio que eu tenho que admitir isso também. Mas o senhor quer uma opinião pessoal: acho que seria tremendamente injusto que duas pessoas que vivem em conjunto, como se fosse uma unidade familiar, não tivessem nenhum reconhecimento desse fato. Acho que o amor que vossa excelência tem pelos seus filhos, com certeza merece a admiração da cidadania”, afirmou.
Contarato é o 1º senador da história a se assumir publicamente homossexual.
O subprocurador disse também, durante a sabatina, que nunca afirmou ser contrário às cotas raciais.
Porém, Gonet acrescentou que ações afirmativas desse tipo devem ter um prazo de duração.