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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião ministerial para esta segunda-feira (15) para discutir questões pertinentes à administração, incluindo o cenário atual de aumento dos preços dos alimentos e a oscilação na popularidade do governo. É esperado que todos os 38 ministros participem deste encontro, marcando a terceira reunião ministerial do ano de 2024 e a primeira com ampla presença.
Durante a reunião, é previsto que o presidente solicite um relato dos progressos realizados pelos ministérios e uma maior divulgação das ações positivas empreendidas por eles. A preocupação com a alta nos preços dos alimentos tem impactado a percepção pública do presidente, motivando a busca por estratégias para melhorar a imagem do governo. Pesquisas recentes de opinião têm indicado um aumento na desaprovação ao trabalho de Lula.
No último mês, a elevação nos preços de alimentos como cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%) contribuiu para a manutenção da inflação em níveis elevados. Em resposta a esses resultados, o Executivo tem desenvolvido planos de ação, incluindo reuniões realizadas pelo presidente para discutir especificamente a questão dos preços dos alimentos.
Ainda esta semana, está previsto que o presidente Lula se reúna com representantes do agronegócio e produtores de frutas para debater questões relacionadas ao setor alimentício.
Após uma conversa com o presidente Lula, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, expressou otimismo quanto à perspectiva de uma queda nos preços do arroz a partir de abril. O governo também está considerando alterações no Plano Safra, visando incentivar práticas agrícolas sustentáveis e oferecer condições competitivas de financiamento para fortalecer o agronegócio brasileiro.
Entre as medidas em análise estão a implementação de contratos de opções e a constituição de estoques reguladores para determinados alimentos, como arroz, feijão, trigo, milho e mandioca.
Na última reunião ministerial do ano anterior, o presidente Lula expressou sua expectativa de que os ministros intensificassem suas agendas pelo Brasil em 2024, especialmente nas regiões do interior do país, visando cumprir os compromissos assumidos em 2023.
Popularidade
Recentemente, uma pesquisa da Quaest/Genial revelou que a rejeição ao governo do presidente atingiu seu maior nível histórico, alcançando 46%. Especificamente entre os evangélicos, a desaprovação à gestão do presidente atinge 62%. Em dezembro do ano passado, 43% da população expressava desaprovação ao trabalho de Lula, de acordo com levantamentos anteriores.
A aprovação ao presidente, conforme indicado na pesquisa divulgada neste mês, é de 51%, representando o menor percentual desde o início de seu mandato. O levantamento foi realizado entre os dias 25 e 27 de fevereiro.