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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi questionado nesta quinta-feira (13) sobre o indiciamento do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por suspeita de corrupção e organização criminosa. Em Genebra, Lula afirmou que Juscelino tem “o direito de provar que é inocente” e que conversará com o ministro antes de qualquer decisão.
“Eu acho que o fato de o cara estar indiciado não significa que ele cometeu um erro. Significa que alguém está acusando, e a acusação foi aceita. Agora, é preciso que as pessoas provem que são inocentes. E ele tem o direito de provar que é inocente. Eu vou conversar com ele ainda hoje e vou tomar uma decisão”, disse Lula.
Lula está em Genebra, na Suíça, onde participará da 112ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O presidente ressaltou que o indiciamento do ministro ocorreu enquanto ele estava fora do Brasil, e, por isso, não poderia comentar o assunto anteriormente.
Juscelino Filho foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de participação em um esquema para desviar emendas parlamentares destinadas à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Os valores ultrapassam R$ 800 mil e eram destinados a obras de pavimentação.
O caso foi encaminhado ao ministro Flávio Dino, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em comunicado, o ministro Juscelino Filho negou as acusações. “A investigação, que deveria ser um instrumento para descobrir a verdade, parece ter se desviado de seu propósito original. Em vez disso, concentrou-se em criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar os fatos objetivos”, afirmou.