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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou suas críticas à independência do Banco Central, mas assegurou que Gabriel Galípolo, o futuro presidente do órgão que ele indicou, será “independente”. Galípolo, que era diretor de política monetária do BC, foi anunciado na última quarta-feira (28) para substituir Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em um mandato que vai de 2025 a 2028.
Lula tem sido um crítico constante da autonomia do Banco Central desde o início de seu mandato. Apesar da nomeação de Galípolo, o presidente argumenta que não faz sentido ter controle sobre a indicação, como ocorria em seus mandatos anteriores.
“Se eu tivesse voto, eu era contra, mas está aí, vai ficar”, disse Lula, sobre a autonomia do BC. “Eu sinceramente acho que o presidente tem o direito de indicar e tirar se não gostar. E se ele [Galípolo] fizer uma coisa muito errada, o que eu faço? Não sei quem criou a ideia que é intocável, é um ser superior a tudo”, questionou o petista.
Na entrevista à Rádio MaisPB, da Paraíba, Lula voltou a elogiar Galípolo e disse garantir independência: “Ele vai trabalhar com a autonomia que trabalhou o [ex-presidente do BC Henrique] Meirelles, agora ele vai ter mandato. O mesmo mandato que tem o presidente da República, isso dá a ele o direito de fazer as coisas corretas”.
Lula não deixou de cutucar Campos Neto, com quem tem tido divergências públicas, no decorrer da emtrevista. “Se [Galípolo] quiser baixar o juros, baixa. Se quiser aumentar, aumenta. Mas tem de ter explicação”, afirmou o petista, que tem criticado a política de juros do atual comandante do BC.