Política

Celso Amorim diz que acordo para Ucrânia parte de “amigos da paz”; proposta foi elaborada por Brasil e China

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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O ex-chanceler e assessor especial para assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Celso Amorim, afirmou na tarde desta sexta-feira (27) que a proposta de acordo para o fim da guerra na Ucrânia, apresentada por Brasil e China, representa uma iniciativa de “amigos da paz”.

Representantes diplomáticos do Brasil e da China fizeram nesta sexta, em Nova York (EUA), uma reunião de divulgação da proposta.

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“Eu fiz um resumo do que aconteceu. O documento é público, vocês vão ler. Eu acho que foi muito boa a conferência, não houve dissenso”, disse Amorim a jornalistas após a reunião, que foi realizada na sede da ONU. O Brasil também foi representado pelo ministro do Itamaraty, Mauro Vieira.

De acordo com Celso Amorim, esse foi um “primeiro passo” e a continuação imediata vai ser no âmbito da própria ONU: “Eu não quero entrar na especulação da futurologia. Mas eu realmente estou muito satisfeito, acho que nós queremos a paz. Isso realiza aquilo que o presidente Lula falou desde o começo. Levou a tempo, porque leva a tempo para as pessoas se convencerem de que outros caminhos não estão levando a lugar nenhum. Mas conseguimos e é só um grupo de amigos, de países amigos da paz. Não é amigos da Rússia, nem amigos da Ucrânia só. É amigos da paz”.

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Questionado sobre a postura de Zelensky na ONU, Amorim respondeu: “Não sei se ele está incomodando, não me falou, não percebi”.

Em discurso na Assembleia Geral da ONU na última quarta (25), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, questionou o interesse do Brasil e da China na intermediação pela paz. O ucraniano fez ataques diretos ao papel dos países, que se colocaram como intermediadores das negociações, alegando que tem dúvidas do “real interesse” dos dois países no fim do conflito.

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“Vocês não aumentarão seus poderes à custa da Ucrânia. Os planos alternativos para acabar com a guerra na Ucrânia só dão mais espaço político para que a Rússia continue com a guerra”, afirmou Zelensky no discurso.

Celso Amorim disse que Rússia e Ucrânia serão parte do processo de negociação pelo fim da guerra, “quando o momento certo chegar”: “Às vezes talvez tem que chegar esse momento e ainda não chegou. Mas ele vai chegar, nós estamos convencidos. E quando ele chegar, a gente vai dizer, olha, tem aqui um caminho para voltar a paz”.

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Amorim frisou que tanto ele quanto Lula já estiveram com Zelensky: “Eu não vou ficar falando do Zelensky. Ele está lá. Eu fui a Kiev. Nós ouvimos os pontos de vista dele. Ano passado, o presidente Lula recebeu o Zelensky aqui. Já falou por vídeo com o Zelensky. Eu acho que eu já falei mais vezes com o Yermak [chefe de gabinete de Volodymyr Zelensky, Andrii Yermak] do que com qualquer outro ministro. Eu falei com o Yermak mais que com minha família”.

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