Política

Macaé Evaristo toma posse como ministra dos Direitos Humanos

Foto: Ricardo Stuckert/PR

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empossou Macaé Evaristo como ministra dos Direitos Humanos nesta sexta-feira (27), em cerimônia no Palácio do Planalto. A posse ocorreu 18 dias após sua nomeação, substituindo o jurista Silvio Almeida, que foi demitido após a divulgação de denúncias de assédio sexual.

Entre as vítimas mencionadas está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que também compareceu à posse de Macaé. Almeida nega as acusações.

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Lula havia anunciado, em 9 de setembro, a escolha de Macaé, deputada estadual em Minas Gerais e filiada ao PT, para o cargo. Desde então, a nova ministra tem promovido mudanças na equipe e acompanhado o presidente em agendas oficiais.

Durante seu discurso de posse, Macaé destacou que o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania tem a vocação de cuidar da diversidade do país. Ela ressaltou a importância dos direitos humanos para a vida das pessoas comuns, mencionando sua própria trajetória. Ao assumir o cargo, afirmou que sua maior credencial é ser uma mulher negra, professora e assistente social.

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Macaé também abordou a percepção negativa sobre direitos humanos no Brasil, mencionando que há quem acredite que a defesa desses direitos é voltada para proteger criminosos. Ela afirmou que o grande desafio dos ministérios é lidar com a tensão entre a afirmação e a negação dos direitos humanos.

Em seu discurso, a nova ministra também alertou para a nova investida do capital, que utiliza a segregação social, racial e ambiental para legitimar a opressão e o extermínio de milhões de pessoas. Ela destacou a importância da família, ressaltando a necessidade de moradia, educação para crianças e apoio ao empreendedorismo nas favelas por meio de financiamentos públicos.

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Eleita deputada estadual por Minas Gerais em 2022, com mais de 50 mil votos, Macaé está licenciada do cargo. Antes disso, foi vereadora em Belo Horizonte e ocupou cargos de destaque nas secretarias de educação municipal e estadual, sendo a primeira mulher negra a exercer essas funções.

Atualmente, ela responde a um processo por improbidade administrativa, relacionado a suspeitas de superfaturamento na compra de uniformes escolares quando era secretária de Educação em Belo Horizonte, acusação que ela nega. No governo federal, Macaé também atuou durante a gestão de Dilma Rousseff, ocupando a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação.

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Ao longo de sua carreira, foi responsável por importantes programas, como a implantação de Escolas Indígenas, a Escola Integral em Minas Gerais, a Escola Integrada em Belo Horizonte e a política de cotas para ingresso de estudantes de escolas públicas, negros e indígenas no ensino superior.

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