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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar, nesta terça-feira (8), a taxa de juros no Brasil, que atualmente se encontra em 10,75%. Durante uma cerimônia, o chefe do Executivo afirmou que, embora o índice ainda seja o mais alto do país, “haverá de ceder”. A declaração foi feita no mesmo dia em que Gabriel Galípolo, indicado por Lula para a presidência do Banco Central, passava por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Lula destacou que, apesar do nível elevado da taxa, ela “haverá de ceder” com a melhora de outros indicadores econômicos. A independência de Galípolo como novo presidente do BC foi uma das preocupações levantadas antes de sua indicação, especialmente devido às críticas de Lula à autonomia do banco.
“Estou muito feliz porque a economia está razoável. A taxa de juros ainda é a mais alta, mas ela haverá de ceder. Nós temos a inflação controlada, a massa salarial crescendo, o emprego em alta e leis para proteger os empreendedores individuais, além de pequenos e médios empresários. Tudo já está feito”, argumentou o presidente.
Em setembro, o Banco Central decidiu aumentar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, marcando o primeiro aumento da Selic desde o início do governo Lula. Com isso, a taxa atingiu 10,75%. O mercado financeiro já esperava essa decisão e projeta que a taxa continue a subir até o final do ano.
Gabriel Galípolo foi aprovado por unanimidade na CAE do Senado, com 26 votos a favor. Considerado articulado e bem relacionado, suas chances de aprovação no plenário da Casa são altas, com a votação agendada para ainda esta tarde. Galípolo deverá assumir o cargo em janeiro, após uma sabatina que durou cerca de cinco horas.