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A Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, lançada pelo Brasil no G20, tem como compromissos a redução da mortalidade materna e infantil, o aumento da distribuição de renda e a melhoria da alimentação escolar. A iniciativa já conta com a adesão pública de 41 países e será oficialmente apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira (18), durante a Cúpula do G20.
No evento de divulgação, realizado na última sexta-feira (15), estiveram presentes o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e a representante permanente da África do Sul na Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Nosipho Jezile.
Países como Alemanha, Estados Unidos e Bangladesh já declararam apoio à proposta brasileira, que reúne nações desenvolvidas e em desenvolvimento para enfrentar a fome.
Segundo Wellington Dias, essa união demonstra a urgência do tema em escala global, mesmo em países que já alcançaram níveis elevados de bem-estar social.
Dados da FAO revelam que 8,4 milhões de brasileiros, cerca de 3,9% da população, vivem em situação de insegurança alimentar severa, caracterizada pela falta de qualidade e quantidade suficiente de alimentos. O Brasil, atualmente no Mapa da Fome, planeja deixar essa lista até 2026. O ministro destacou que a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza pretende ir além do fornecimento de comida, propondo um plano de desenvolvimento para regiões historicamente afetadas pela fome e pobreza.
Embora vinculada ao G20, a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza terá uma governança própria, garantindo sua continuidade independentemente da alternância de liderança do grupo. Os países membros terão autonomia para implementar ações específicas às suas realidades, como programas de transferência de renda ou fortalecimento de políticas alimentares.
A Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza também atuará na captação de recursos e investimentos para apoiar nações necessitadas, sem mecanismos centralizados de fiscalização, ficando essa tarefa sob responsabilidade dos países receptores.
A proposta brasileira, apresentada originalmente no G20 realizado na Índia em 2023, segue com apoio crescente. Nosipho Jezile afirmou que a África do Sul dará continuidade à iniciativa na próxima cúpula, comprometendo-se com a manutenção da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.
Entre os compromissos assumidos pelos países membros, Serra Leoa planeja expandir a cobertura da alimentação escolar de 54% para 100% dos estudantes até 2030. A Indonésia pretende beneficiar 78 milhões de estudantes com refeições escolares. Na Palestina, serão ofertados tratamentos de emergência para 155 mil grávidas e lactantes, além de apoio médico e social para 10 mil crianças órfãs. Já a Tanzânia prevê a expansão nacional de serviços para o desenvolvimento infantil até 2030, reforçando a abrangência e os objetivos globais da Aliança.