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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rebateu às críticas feitas pelo presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, sobre a obrigatoriedade das máscaras. O conselho enviou um documento ao presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, afirmando não haver evidência científica de que o uso de máscaras tenha impacto na diminuição de casos de Covid-19.
Em resposta, a Anvisa disse que baseia suas decisões “nas melhores evidências científicas, alinhadas a organismos nacionais e internacionais de referência como o Ministério da Saúde, OMS e Opas”.
José Hiran da Silva Gallo disse que a medida da Anvisa “jamais pode ser impostas a pessoas que não compartilham de tais ideologias ou comportamentos”.
“Foram encontrados indícios de prejuízos individuais e coletivos da adoção de políticas de máscaras como as contempladas aqui”, disse o CFM. “Conclui-se que, diferentemente do que ocorre no contexto de profissionais de saúde em ambientes hospitalares usando equipamentos de alto nível, não há justificativa científica para a recomendação ou obrigatoriedade do uso de máscaras pela população em geral como política pública de combate à pandemia da covid-19.”
Nota da Anvisa na íntegra
“A Anvisa, no âmbito das suas competências legais, pauta as suas decisões nas melhores evidências científicas, alinhadas a organismos nacionais e internacionais de referência como o Ministério da Saúde, OMS e OPAS.
Não devemos esquecer que ainda há circulação viral, com o potencial para o aparecimento de variantes de preocupação. A Agência acompanha os resultados do monitoramento epidemiológico da COVID 19, associada ao momento do país, no qual há maior circulação de pessoas e aglomerações em condições diversas, em virtude do período do carnaval.
No transporte aéreo, há diferentes grupos de pessoas, inclusive as mais vulneráveis como grávidas, idosos, crianças, pessoas viajando para tratamentos de saúde, imunodebilitados, em contato próximo e em um ambiente fechado. É preciso ter cautela e aguardar qual será o comportamento da doença e da circulação viral durante e após o carnaval. Vale lembrar que esses mesmos públicos ainda estão com índices de vacinação baixos, e muitos ainda não completaram o ciclo vacinal ideal.
A Anvisa reafirma que o uso correto da máscara é um ato de proteção individual e coletiva! Na mesma direção, as vacinas COVID 19 são seguras e protegem contra as hospitalizações e mortes“.