Saúde

Estudo mostra insônia associada a maior risco de ataques cardíacos

(Unsplash)

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Dormir adequadamente todas as noites pode ser crucial para manter os níveis de energia e melhorar o desempenho do cérebro. Agora, uma nova pesquisa mostra que também pode ajudar a evitar ataques cardíacos. 

Uma revisão de estudos publicados anteriormente descobriu que insônia e dormir cinco horas ou menos todas as noites estão associados a um risco aumentado de ataques cardíacos. 

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As descobertas, publicadas na revista Clinical Cardiology, são baseadas em nove estudos que incluíram mais de 1,1 milhão de pacientes. A idade média dos pacientes era de 52 anos e 96 por cento dos pacientes não tinham história prévia de ataque cardíaco. Os estudos incluem pacientes dos Estados Unidos, Reino Unido, Noruega, Alemanha, Taiwan e China.

Aqueles com insônia tiveram 69% mais chances de ter um ataque cardíaco do que aqueles sem o distúrbio durante um acompanhamento médio de nove anos.

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As taxas foram ainda maiores naqueles com diabetes e insônia. Indivíduos com insônia e pressão alta ou colesterol também corriam um risco maior.

Aqueles que dormiam cinco horas ou menos todas as noites tinham maior risco de sofrer um ataque cardíaco em comparação com aqueles que dormiam entre sete e oito horas. 

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O risco aumentado estava presente independentemente da idade, e as mulheres com insônia eram mais propensas a ter ataques cardíacos do que os homens com a doença. 

Um total de 153.881 participantes incluídos no estudo tinham insônia e 1.030.375 não. Daqueles com a condição, 2.406 tiveram ataques cardíacos durante a janela de acompanhamento, em comparação com 12.398 daqueles sem a condição. 

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Uma análise adicional dos dados mostrou que a dificuldade em adormecer ou permanecer dormindo estava associada a um aumento de 13% no risco de ataque cardíaco. 

“De muitas maneiras [a insônia] não é mais apenas uma doença, é mais uma escolha de vida”, disse a autora do estudo, Yomna E. Dean, estudante de medicina da Universidade de Alexandria, em Alexandria, Egito. 

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“Simplesmente não priorizamos o sono tanto quanto deveríamos”, disse Dean em um comunicado. 

Pessoas com insônia sofrem de estresse crônico e altos níveis de cortisol devido à falta de sono, dois fatores que pioram o risco de um ataque cardíaco. Apesar disso, a insônia não é considerada um fator de risco para ataques cardíacos. 

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“Com base em nossos dados agrupados, a insônia deve ser considerada um fator de risco para o desenvolvimento de um ataque cardíaco, e precisamos fazer um trabalho melhor para educar as pessoas sobre o quão perigoso [a falta de um bom sono] pode ser”, disse Dean.

Dados do CDC mostram que mais de um terço dos adultos americanos não dormem o suficiente regularmente.

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Os resultados também não encontraram diferença no risco de ataque cardíaco entre aqueles que dormiam cinco ou menos horas por noite ou nove ou mais horas, ressaltando descobertas de pesquisas anteriores que sugerem que dormir demais também pode prejudicar a saúde do coração, disseram os autores.

No entanto, o sono não restaurador e a disfunção diurna não foram associados a um risco aumentado de ataque cardíaco, indicando que aqueles que apenas se queixam de não se sentirem revigorados, mas dormem adequadamente, não correm um risco maior.

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Para obter um sono com mais qualidade, os indivíduos podem melhorar a higiene do sono. Isso pode incluir dormir em um quarto escuro, silencioso e fresco, com os dispositivos guardados. 

“Faça algo que o acalme para relaxar, e se você já tentou todas essas coisas e ainda não consegue dormir ou está dormindo menos de cinco horas, converse com seu médico”, disse Dean.

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No Brasil

Um estudo realizado pela SleepUp apontou que, em média, um a cada três brasileiros sofre com sintomas de insônia. A pesquisa também mostrou que há uma grande subnotificação dos casos: apesar de 31% relatarem a dificuldade para dormir, apenas 6% receberam o diagnóstico de insônia ou outros distúrbios do sono.

 

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