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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta sexta-feira (26) da cerimônia de inauguração da planta de produção de insulina da Biomm, em Nova Lima (Minas Gerais). A oportunidade marca a retomada da produção do hormônio no país por uma empresa nacional depois de duas décadas e tem potencial para atender 1,9 milhão de pacientes.
As ministras Nísia Trindade (Saúde) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), além do presidente do senado (Rodrigo Pacheco) e da primeira-dama (Janja Lula da Silva) integram a comitiva.
Com investimento de R$ 800 milhões, a fábrica tem capacidade para suprir a demanda nacional de insulina e favorecer o acesso dos pacientes com diabetes ao tratamento. O Brasil é um dos países com maior incidência de diabetes no mundo, com 15,7 milhões de pacientes adultos, segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF). A iniciativa é parte da nova estratégia para orientar a produção e a inovação nacional em saúde para atender ao Sistema Único de Saúde e para cuidar das pessoas, gerando emprego, renda e investimento no Brasil.
A fábrica terá capacidade para 20 milhões de unidades de carpules (refis) de insulina glargina por ano – e, na sequência, de canetas de insulina. Além disso, poderá fabricar 20 milhões de frascos de outros biomedicamentos, como a insulina humana recombinante. A estimativa é de que a unidade, de 12 mil metros quadrados de área construída, gere 300 empregos diretos e 1,2 mil indiretos, num benefício para mais de seis mil pessoas.
Durante o evento, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Biomm vão assinar um protocolo de intenções para desenvolver um programa de cooperação mútua, voltado para plataformas de produção de medicamentos para o tratamento de doenças metabólicas. O objetivo é desenvolver projetos alinhados com políticas que busquem o fortalecimento do Complexo Econômico e Industrial da Saúde e maior autonomia do Brasil na produção de medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
A Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), lançada pelo Presidente Lula em setembro de 2023, tem como objetivo expandir a produção nacional de itens prioritários para o SUS, reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros e assinala o compromisso com as demandas da sociedade brasileira, integrando uma nova proposta de industrialização do país, voltada à inclusão de todas as pessoas, com sustentabilidade social e ambiental e geração de emprego e renda.
No âmbito do CEIS, foi lançada a Matriz de Desafios Produtivos e Tecnológicos em Saúde, que é composta pelos desafios no setor e soluções produtivas e tecnológicas apresentadas em blocos. Uma das prioridades do SUS na matriz é o diabetes, e há uma série de soluções produtivas e tecnológicas sendo implementadas:
- Plataforma produtiva para insumos e produtos de base química destinada ao desenvolvimento e produção de insulinas e seus análogos
- Plataforma produtiva de inteligência artificial (destinada ao desenvolvimento e produção local de tecnologias de informação e conectividade para o monitoramento da diabetes)
- Plataforma produtiva para testes diagnósticos in vitro (destinadas ao desenvolvimento e produção de testes diagnósticos e dispositivos médicos para tratamento de úlceras no pé diabético)
- Plataforma produtiva para dispositivos médicos e biomateriais.
Finep – A farmacêutica Biomm obteve R$ 203 milhões de crédito (Finep, BNDES E BDMG), além de R$ 133 milhões aportados via equity (BNDES e BDMG) para implantar a unidade Industrial biofarmacêutica em Nova Lima (MG).
Autossuficiência – A Biomm é considerada uma pioneira no setor de biomedicamentos no Brasil e está inserida na estratégia do Complexo Econômico-industrial da Saúde. A empresa participa do Programa de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Ministério da Saúde. A parceria visa a autossuficiência na produção e o acesso ao tratamento em todo o país. A companhia é 100% nacional, fundada em 2001 e atua na oferta de fármacos acessíveis para o tratamento de doenças crônicas no país.
*Com informações de Governo Federal