Saúde

Mpox: OMS declara varíola dos macacos como uma emergência global de saúde pública

Foto: Reprodução/TV Anhanguera

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Na tarde desta quarta-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a rápida disseminação da Mpox, anteriormente conhecida como “varíola dos macacos”, em países africanos constitui uma emergência sanitária global.

Esta é a 2ª vez em 3 anos que a OMS classifica uma epidemia de mpox como uma emergência global, tendo feito o mesmo em julho de 2022. Naquele surto, que afetou quase 100.000 pessoas, principalmente homens gays e bissexuais, em 116 países, cerca de 200 mortes foram registradas. A ameaça atual é considerada mais mortal.

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Desde o início do ano, a República Democrática do Congo relatou mais de 14.000 casos de mpox e 524 mortes. O risco é especialmente alto para mulheres e crianças menores de 15 anos.

O Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, expressou preocupação com a detecção e rápida disseminação de um novo subtipo de mpox no leste da RDC e em países vizinhos que não haviam registrado casos anteriormente, além do potencial de expansão na África e além.

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O surto já se espalhou por 13 países africanos, incluindo alguns que nunca haviam relatado casos de mpox antes. Na terça, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças da África declararam uma “emergência de saúde pública de segurança continental”, uma medida inédita desde que a União Africana concedeu à organização o poder para fazê-lo no ano passado.

A Dra. Nicole Lurie, diretora executiva de preparação e resposta da Coalition for Epidemic Preparedness Innovations, destacou a necessidade urgente de os países e o continente tomarem medidas para interromper a transmissão do vírus.

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Em resposta à ameaça de disseminação global, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças pediram que médicos e o público nos Estados Unidos fiquem atentos ao vírus.

A designação da OMS de uma “emergência de saúde pública de interesse internacional” visa encorajar os países-membros a se prepararem para o surgimento do vírus e a compartilhar vacinas, tratamentos e outros recursos essenciais com nações mais pobres.

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O surto de mpox do ano passado, que se concentrou principalmente em redes sexuais entre homens gays e bissexuais, foi parcialmente controlado por mudanças comportamentais e vacinação, com o número de casos nos EUA reduzido para cerca de 1.700 no ano passado, comparado a mais de 30.000 em 2022.

A versão do mpox que circula no Congo é mais virulenta, com uma taxa de mortalidade de cerca de 3%, em comparação com 0,2% no surto de 2022. A infecção pode causar febre, sintomas respiratórios, dores musculares, gânglios linfáticos inchados e erupção cutânea em várias partes do corpo.

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Até recentemente, a transmissão ocorria principalmente através do consumo de carne contaminada ou contato próximo com animais e pessoas infectadas, sendo as crianças as mais afetadas, especialmente em regiões da África já debilitadas por desnutrição e doenças infecciosas como cólera, sarampo e poliomielite.

Especialistas afirmam que, caso o surto se espalhe globalmente, crianças em países desenvolvidos provavelmente serão menos vulneráveis a doenças graves.

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No ano passado, cientistas descobriram pela primeira vez a transmissão sexual desta versão do mpox, com casos divididos quase igualmente entre homens e mulheres jovens.

Análises genéticas indicam que, por volta de setembro, o vírus sofreu mutações que facilitaram sua propagação entre as pessoas, incluindo por meio da prostituição heterossexual.

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Até o momento, este tipo de vírus não foi detectado fora da África. Globalmente, foram registrados mais de 17.500 casos presumidos e confirmados de mpox em 13 países, com a maioria dos casos e mortes ocorrendo no Congo, conforme dados do Africa CDC.

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