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Desde o início de 2022, a cidade do Rio de Janeiro já confirmou 1.266 casos de mpox, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde. Felizmente, não foram registrados óbitos relacionados à doença na cidade até o momento.
A Superintendência de Vigilância em Saúde reporta um total de 3.813 notificações sobre mpox na cidade, das quais 2.464 foram descartadas. A maioria dos casos confirmados ocorreu em 2022, com 1.005 registros. No ano passado, foram confirmados 140 casos, e até agosto de 2024, o município já registrou 121 casos positivos.
No Brasil, até 27 de agosto, foram notificados 836 casos confirmados ou prováveis de mpox desde o início do ano. Desse total, o estado de São Paulo concentra a maioria dos casos, com 427 registros, um aumento significativo em relação aos 315 casos registrados entre janeiro e julho.
A mpox é uma doença zoonótica viral cuja transmissão para humanos pode ocorrer através do contato com animais silvestres infectados, pessoas contaminadas ou materiais contaminados. Os sintomas iniciais incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) descreve a progressão das erupções cutâneas da mpox em quatro estágios: macular, papular, vesicular e pustulosa, antes de se tornarem crostas e descamarem.
O diagnóstico é feito através de exames de PCR e sequenciamento do material genético das lesões. A transmissão da doença permanece semelhante às cepas anteriores, sendo o contato direto com a pele contaminada a principal forma de contágio. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que a nova variante 1b, observada na África Central, tem uma taxa de letalidade superior a 10% entre crianças pequenas, em contraste com a variante 2b, que teve uma taxa de letalidade abaixo de 1% durante a epidemia global de 2022.
Recentemente, a OMS declarou emergência sanitária global em resposta ao ressurgimento da epidemia e ao risco de disseminação internacional, a primeira vez que a entidade emite tal alerta desde o fim da pandemia de Covid-19. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a organização está empenhada em coordenar a resposta global para prevenir a transmissão, tratar os infectados e salvar vidas.
No que diz respeito à prevenção, existem três vacinas contra a mpox disponíveis globalmente, sendo que a OMS recomenda duas: ACAM2000, produzida pela Sanofi Pasteur, e Jynneos (também conhecida como Imvamune ou Imvanex), desenvolvida pela Bavarian Nordic. A vacina Jynneos foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023 e já foram aplicadas mais de 29 mil doses no Brasil.
Apesar disso, o Brasil ainda não implementou um plano de vacinação em massa, mas está negociando a aquisição emergencial de 25 mil doses adicionais, conforme informou a ministra da Saúde.