Em uma coletiva de imprensa realizada após a reunião da executiva do partido, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), fez duras ao deputado federal Luciano Bivar, atual presidente da sigla. Caiado acusou Bivar de adotar uma “postura de gangster, não de presidente de partido”.
Para Caiado, Bivar não possui as condições éticas e morais necessárias para representar a classe política.
“Todos estão estarrecidos com tudo isso. Imaginar que uma pessoa pode querer presidir um partido ameaçando a filha dos outros, ameaçando as pessoas, ameaçando incendiar casas, trancando porta de auditório. Isso não é compatível”, declarou Caiado.
O governador de Goiás ressaltou que nunca havia testemunhado algo semelhante em sua trajetória na vida pública. Ele denunciou a suposta condução ditatorial de Bivar à frente do União Brasil, reforçando a necessidade de sua expulsão da presidência interina do partido. “Temos que tirá-lo. Com a saída de Bivar, vamos tirar o União Brasil das páginas policiais e recolocar o partido nas páginas de política”, enfatizou Caiado.
O processo para expulsão e cancelamento da filiação de Luciano Bivar do União Brasil seguirá seu trâmite. De acordo com o estatuto do partido, Bivar terá 72 horas para se manifestar após o recebimento da representação. Posteriormente, a executiva do partido votará sobre o pedido, concedendo a Bivar um prazo adicional de cinco dias para defesa. A decisão final será proferida em até 60 dias.
A reunião da executiva contou com a participação de aproximadamente 50 membros do partido, incluindo nomes como ACM Neto, Antonio de Rueda, além dos governadores Mauro Mendes (Mato Grosso) e Wilson Lima (Amazonas). Ministros como Juscelino Filho (Comunicações) e Celso Sabino (Turismo) também estiveram presentes.
O presidente eleito do União Brasil, Antonio de Rueda, classificou as recentes declarações de Luciano Bivar como um “inconformismo de uma pessoa desequilibrada”.