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A renegociação da dívida entre o Rio Grande do Sul e a União será tema de discussão em uma reunião agendada para a próxima segunda-feira (13), entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o governador Eduardo Leite (PSDB). A informação foi divulgada neste sábado (11) pelo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), Paulo Pimenta, durante uma coletiva de imprensa sobre a situação atual do estado, que enfrenta fortes chuvas e enchentes.
O encontro entre Haddad e Leite será realizado virtualmente. A região já contabiliza um alto número de vítimas das intempéries, com aproximadamente 2 milhões de gaúchos atingidos, 136 mortes confirmadas, além de 125 pessoas desaparecidas e 756 feridas, conforme dados atualizados pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul.
Paulo Pimenta também anunciou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá anunciar novas medidas de apoio ao estado na terça-feira (14). Segundo o ministro, Lula tem o desejo de visitar o Rio Grande do Sul nos próximos dias, porém, ainda não há uma data confirmada para essa visita.
Na quinta-feira (9), o ministro Haddad declarou que está em diálogo direto com o governador Leite sobre a questão da dívida do estado. Ele ressaltou que não há discordância quanto à necessidade do aporte financeiro, mas sim em relação aos trâmites operacionais da medida.
Conforme informações divulgadas, o governo federal está propondo a suspensão do pagamento das parcelas mensais da dívida do Rio Grande do Sul com a União, liberando os pagamentos programados até dezembro de 2024, período de vigência do decreto de calamidade pública no estado. Estima-se que o montante das parcelas nesse período alcance cerca de R$ 3,5 bilhões.
O ex-presidente Lula já havia anunciado na sexta-feira (10) que o governo federal enviará mais recursos para o Rio Grande do Sul na próxima semana. Ele expressou seu compromisso em auxiliar a região afetada pelas enchentes e reforçou sua intenção de visitar as cidades atingidas assim que a situação permitir.
Na quinta-feira (9), Lula anunciou o envio de uma ajuda financeira no valor de R$ 50,9 bilhões ao estado, por meio de uma medida provisória. Esse pacote, destinado a beneficiar cerca de 3,5 milhões de pessoas, contempla diversas ações, como pagamentos do Bolsa Família e do auxílio-gás, além da restituição do imposto de renda.