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As autoridades americanas localizaram um balão de grande altitude sobrevoando a parte oeste do país. O objeto voador foi encontrado pela primeira vez no espaço aéreo do estado do Colorado.
O balão estava voando a uma altitude entre 13.100 e 13.700 metros quando foi interceptado por aviões militares do Norad, os quais determinaram que era inofensivo e não representa uma ameaça para a segurança aérea, detalhou o porta-voz.
As autoridades, por enquanto, determinaram que o balão não representa uma ameaça. No entanto, desconhecem sua origem e propósito.
O Norad, um órgão do Canadá e dos EUA responsável pela defesa aérea, continuará rastreando e monitorando o balão.
Em declarações à CBS, um funcionário americano disse que o objeto se desloca de oeste a leste.
Há um ano, um episódio similar ocorreu nos EUA, quando um balão chinês invadiu o espaço aéreo americano e foi destruído pela Força Aérea.
Dias após o abate, o regime chinês reconheceu que o balão localizado pelas autoridades americanas no espaço aéreo do país norte-americano era de sua propriedade, embora tenha ressaltado que “era de natureza civil” e que era usado para “pesquisa científica”.
“O balão é da China e é de natureza civil, usado para pesquisa científica, como assuntos meteorológicos”, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, que apontou que “devido aos ventos do oeste e à limitação de sua capacidade de controle, desviou-se gravemente de sua rota programada”.
No entanto, segundo a inteligência americana, o balão chinês pôde coletar informações de vários locais militares americanos e transmiti-las a Pequim em tempo real, apesar dos esforços da administração Biden para evitar que o fizesse, informou a NBC News.
O balão de grande altitude, controlado por Pequim, pôde fazer múltiplas passagens sobre alguns dos locais antes de ser abatido em 4 de fevereiro de 2023, às vezes voando em forma de oito, disse a NBC, citando dois altos funcionários americanos atuais e um ex-alto funcionário da administração.
Os três funcionários disseram que puderam transmitir as informações que coletaram para Pequim em tempo real, informou a NBC. “A inteligência coletada pela China foi principalmente de sinais eletrônicos, que podem ser captados por sistemas de armas ou incluir comunicações do pessoal da base, em vez de imagens”, disse a NBC citando os funcionários.
O incidente levou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a adiar uma visita planejada a Pequim e aumentou ainda mais as tensões entre Washington e Pequim.
O episódio causou tumulto em Washington e levou o exército americano a procurar no céu outros objetos que não estavam sendo detectados pelo radar.
As imagens dos aviões espiões U2 mostraram que o balão chinês que sobrevoou os Estados Unidos estava inequivocamente equipado para coletar inteligência e não dados meteorológicos.
As imagens detalhadas tiradas pelos U2 de grande altitude mostraram que o equipamento do balão “era claramente para vigilância de inteligência e era inconsistente com o equipamento a bordo dos balões meteorológicos”, disse um alto funcionário do Departamento de Estado. “Tinha múltiplas antenas, incluindo uma matriz provavelmente capaz de coletar e geolocalizar comunicações”.
